A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda (21), em Sergipe, que a redução das desigualdades regionais depende de uma ação mais intensa no Nordeste que em outras regiões. Ela afirmou que é "impossível" cumprir a meta de erradicação da miséria estabelecida pelo atual governo sem erradicar a miséria no Nordeste.
"Só conseguiremos reduzir a desigualdade regional se fizermos aqui um pouco mais do que fazemos no resto do Brasil porque aqui há uma trajetória de desigualdade que vem da oligarquia, da escravidão. Temos que fazer aqui um esforço imenso. Por isso, eu tenho um compromisso, eu diria, de alma, com esta região", afirmou. Na região, Dilma obteve 18,4 milhões de votos no segundo turno da eleição presidencial, mais que o dobro dos votos do adversário, José Serra (PSDB). Segundo ela, "a pobreza tem uma certidão de nascimento que privilegia, infelizmente, esta região do país".
A presidente discursou na abertura do 12º Fórum de Governadores do Nordeste, no município de Barra dos Coqueiros, em Sergipe. "O Nordeste é o grande desafio da minha gestão, como foi na gestão Lula", afirmou. Durante o discurso, ela também anunciou a criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas como forma de estímulo ao investimento e apoio aos pequenos empreendedores. O ministério é uma proposta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, mas não foi implementada devido à crise econômica de 2008 e virou proposta de campanha da então candidata a presidente no ano passado.
Segundo a presidente, o Nordeste precisa continuar "crescendo num ritmo mais adiantado que o Brasil - e cresceu nos últimos anos. Sabemos que houve crescimento do Nordeste nos últimos anos acima do crescimento da taxa do PIB [Produto Interno Bruto], principalmente porque nós criamos um mercado interno pujante".
Como forma de impulsionar o desenvolvimento do Nordeste, ela também defendeu o projeto de valorização do salário mínimo aprovado pela Câmara e que deve ir nesta semana a votação no Senado. Segundo ela, durante o governo Lula, o Nordeste cresceu acima da média do Brasil "porque criamos um mercado interno. Daí a importância da política de valorização do salário mínimo, aprovado na Câmara e que eu espero que seja aprovado no Senado".
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