Tramita na Assembleia Legislativa um projeto polêmico enviado pelo governador Cid Gomes. Trata-se da criação do Programa Pró-Cidadania. O programa prevê a contratação temporária de agentes de cidadania para os pequenos municípios do Estado, com menos de 50 mil habitantes, mediante remuneração. Para cada agente de cidadania pago pelo município, o Estado se responsabilizará pelo pagamento de outro. Caberá ao Estado a responsabilidade de treinar e custear os uniformes, assim como todos os equipamentos necessários a execução das atividades. Cada município também será contemplado com uma viatura para atender a demandas dos agentes. Ou seja, o Governo vai, em parte, bancar as guardas municipais das pequenas cidades com a contratação, a formação e os equipamentos. O programa prevê a assinatura de convênio entre o Executivo estadual e os municípios para contratação de um agente de cidadania para cada 500 habitantes. Assim, uma cidade com dez mil habitantes teria 20 guardinhas. Dez deles bancados pelo Estado e dez pelo município. A julgar pelos números, o Ceará deverá dobrar a quantidade de pessoas diretamente envolvidas com a segurança pública.
OS GUARDINHAS CIVIS Notem que a idéia do Pró-Cidadania é atender as cidades que, tão cedo, não terão o Ronda do Quarteirão. Ou seja, ao invés de policiais militares, o programa pretende prover a necessidade de policiamento nas pequenas cidades com guardinhas civis, porém fardados e equipados. Não tenham dúvidas: o programa será de forte impacto nas pequenas cidades. Cidades com até 10 mil habitantes possuem, geralmente, apenas três policiais. Um número insuficiente para atender as necessidades. Nas próximas colunas, mais detalhes sobre o Pró-Cidadania.
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